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sexta-feira, 18 de abril de 2025

Biofábrica baiana revoluciona a agricultura familiar - Cacau Noticias


Em meio às paisagens exuberantes do sul da Bahia, Ilhéus guarda um tesouro que vai além de suas praias e da herança literária de Jorge Amado. Ali, uma fazenda de 60 hectares abriga o maior centro de multiplicação de mudas de cacau do planeta — uma revolução silenciosa que tem transformado o campo, a economia e a vida de centenas de famílias.

O coração dessa transformação atende pelo nome de Instituto Biofábrica da Bahia (IBB). Criado a partir das cinzas da crise provocada pela vassoura-de-bruxa nos anos 1980, o instituto nasceu da união entre agricultores, cooperativas e o governo estadual, com uma missão ousada: reinventar a produção de cacau a partir da ciência e da sustentabilidade.

Hoje, o IBB não apenas cumpre essa missão — ele a amplia. Em seus 40 mil metros quadrados de viveiros, mais de 4,8 milhões de mudas podem ser cultivadas simultaneamente. São plantas geneticamente melhoradas, resistentes a doenças e adaptadas ao clima da região, que ajudam a resgatar a produtividade da lavoura e devolver dignidade aos pequenos produtores.

Mas a atuação do instituto vai além do cacau. A biofábrica também impulsiona outras culturas essenciais, como mandioca, abacaxi e espécies florestais nativas. Com o novo Kit SAF (Sistemas Agroflorestais), o agricultor familiar tem acesso a mudas de açaí, banana, ipê, pau-brasil e outras espécies que fortalecem a agrofloresta e diversificam a renda no campo.

Com uma das estruturas de micropropagação mais avançadas do Brasil, o IBB se destaca não só pela tecnologia, mas pelo impacto social. Mais de 100 empregos diretos foram gerados — muitos ocupados por mulheres da comunidade local — e cerca de 200 famílias têm hoje na biofábrica uma fonte segura de renda.

Em uma região onde a monocultura e as crises já deixaram cicatrizes profundas, o instituto mostra que é possível reescrever a história da agricultura com inovação, inclusão e respeito ao meio ambiente. Ilhéus, que um dia viu seu cacau definhar, agora floresce novamente — planta por planta, muda por muda.

Biofábrica baiana revoluciona a agricultura familiar

O coração dessa transformação atende pelo nome de Instituto Biofábrica da Bahia (IBB).

quinta-feira, 10 de abril de 2025

Cientista Albertus Eskes Propõe Revolução na Fermentação do Cacau


Uma descoberta liderada pelo cientista e consultor independente Albertus Eskes pode transformar radicalmente a forma como o cacau é fermentado e consumido, unindo alta qualidade sensorial e benefícios significativos à saúde humana. Um estudo conduzido no Equador e no Brasil demonstrou que a fermentação zero ou de curta duração (0 a 2 dias), associada ao método de pré-secagem IMAGIC, pode preservar até 94% dos antioxidantes naturais do cacau — substâncias diretamente ligadas à prevenção de doenças e ao fortalecimento do sistema imunológico.

A fermentação tradicional, amplamente utilizada na indústria do cacau, apresenta deficiências recorrentes como amargor, adstringência, acidez excessiva e baixa expressão dos sabores característicos do cacau fino. Além disso, esse processo é responsável por eliminar cerca de 70% dos antioxidantes. Quando seguido pela alcalinização (ou dutching), a perda total desses compostos pode chegar a 94%, de acordo com estudo publicado por Albertini et al. (2015).

No novo experimento, sete variedades de cacau foram submetidas a fermentações entre 0 e 5 dias. Os melhores resultados sensoriais — incluindo notas máximas de preferência (10 a 10+++) — foram obtidos nas fermentações de até 3 dias. As amostras apresentaram zero amargor e adstringência, além de expressarem com intensidade atributos de cacau fino, como notas frutadas e de nozes. Já as fermentações mais longas mostraram qualidade inferior, com notas de preferência entre 4 e 6.

Um dos pontos mais surpreendentes do estudo foi o desempenho da variedade CCN51, frequentemente considerada de qualidade inferior. Com zero fermentação, ela exibiu um perfil sensorial semelhante ao do cacau Criollo — o mais valorizado no mercado — com notas de caramelo e noz. A variedade Nacional, por sua vez, apresentou perfil de tamarindo. Isso abre a possibilidade real de se produzir até 400 mil toneladas de cacau com sabor Criollo por ano entre Equador e Peru.

No Brasil, 50 fermentações de 0 a 2 dias confirmaram os mesmos padrões de excelência sensorial e preservação antioxidante. O método, além de eficaz, é simples e econômico em termos de mão de obra, o que facilita sua adoção por pequenos e médios produtores.

A descoberta tem o potencial de representar uma das mais importantes inovações no pós-colheita de cacau dos últimos tempos — ao mesmo tempo em que promove uma revolução na qualidade dos produtos finais e amplia os benefícios nutricionais para os consumidores.

Sobre Albertus Eskes:

É um consultor independente especializado na melhoria da qualidade do cacau, com vasta experiência em genética e fermentação. Ele é co-inventor e implementador de tecnologias inovadoras de fermentação, como o método TropMix, desenvolvido em 2009.

Albertus Eskes é um consultor independente especializado na melhoria da qualidade do cacau, com vasta experiência em genética e fermentação.

quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Banco do Nordeste financia agroindústria de açaí no Sul da Bahia

A agroindústria Naturê do Brasil financiou R$ 13,5 milhões com o Banco do Nordeste (BNB) para implantação de uma unidade industrial de beneficiamento de açaí no município de Una, no sul da Bahia. Com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), os investimentos serão destinados a capital de giro, construção civil, aquisição de máquinas e equipamentos nacionais, móveis, utensílios, além de estudos e projetos.

Proprietários de uma fazenda agrícola com plantio de café, açaí, mamão e pimenta há mais de 30 anos, os sócios utilizam tecnologia de ponta no manejo de suas culturas, o que os motivou a agregar valor à fazenda, fechando a cadeia produtiva do açaí. A agroindústria será composta de uma unidade industrial com quase quatro mil metros quadrados a ser construída em uma área de trinta mil metros quadrados e a expectativa para início das atividades é de cerca de um ano e meio.

O fruto produzido na fazenda se tornará matéria prima da nova indústria, uma vez que a produção atual é suficiente para atender à demanda, o que implica em redução de custos. Um dos sócios, Silas Huguinin, comentou o projeto com entusiasmo: “Gostaria de agradecer primeiro a todos os responsáveis por realizar esse grande projeto. Ao Banco do Nordeste que nos apoiou até aqui, tanto a agência Camacan como as demais áreas. Com o início das obras, a Naturê vai gerar 30 empregos diretos imediatos. Após a conclusão, prevemos 33 funcionários por turno”, conta o empresário.

De acordo com Huguinin, o estudo mercadológico realizado para implantação indica que a cada emprego direto gerado na indústria são gerados outros cinco indiretos, pelo fomento do agronegócio, das oficinas e logística. Além do impacto local, o empresário também destacou a visão da empresa em alcançar mercados ainda maiores, como o internacional. “Nós almejamos alcançar em breve as certificações necessárias para chegarmos a outros países e nos tornarmos referência no mercado”, destaca Huguinin.

O superintendente estadual do Banco do Nordeste na Bahia, Pedro Lima Neto, comemorou a contratação e o impacto na geração de renda e empregos na região. “Os investimentos realizados pelo BNB têm, por finalidade, impactar positivamente a nossa área de atuação. A agroindústria, como agente de transformação local, traz esse resultado não só na geração direta, mas também indireta, em forma de benefícios ao entorno”, pontua o gestor.

Com inovação tecnológica e investimento no que há de mais moderno no setor industrial, a Naturê almeja implantar tratamento criterioso desde a colheita dos frutos, embalagem, higienização e sanitização até o beneficiamento, com alta performance do processo e foco em sustentabilidade. Na primeira etapa, a unidade atenderá as demandas dos estados da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Com inovação tecnológica e investimento no que há de mais moderno no setor industrial.